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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mano Brow Cedi Entrevista a FOLHA

Mano Brow integrante do Racionais MCs cedeu uma entrevista ao jornal FOLHA você confere uma parte da entrevista aqui no Artigo De Rua.



Marighella lembra Public Enemy e Racionais, diz Mano Brown



Folha - Por que aceitou o convite de participar de "Marighella"?
Mano Brown - O convite chegou através do movimento negro. Algum cara do rap já tinha me falado sobre ele, eu conhecia de longe, só a lenda, pois é algo de não sei quantas gerações atrás. Alguém me falou também que em algum detalhe ele parecia comigo. Na luta dele, na idéia. Somos os dois filhos de preto com italiano e minha família também vem da Bahia.

Quais os paralelos entre suas ideias?
Marighella lembra Malcom X, lembra Public Enemy, lembra Racionais. Muito do que cantamos no rap provavelmente veio dele. Por exemplo, o conceito da violência contra a violência. A luta dele vem de uma época em que não podia ter eleição direta, toda hora tinha golpe. Ele foi proibido de correr pelo certo. Resolveu usar a força pois só isso resolveria.

Em que medida a luta dele se assemelha com a luta de hoje?
Hoje temos um governo de esquerda. Se ele estivesse vivo, provavelmente estaria apoiando Dilma e Lula. Mas a luta continua a mesma. A direita está aí, as forças contrárias estão atuando.

Quais, por exemplo?
O governo Alckmin é inimigo, é um governo racista de polícia, de repressão. A morte de pretos aumentou pra caramba sob sua gestão. A polícia na rua enchendo o saco e botando pressão onde não tem motivo.

E o Kassab?
É outro inimigo. Desde que assumiu, o número de shows dos Racionais diminuiu muito. Tudo que ele faz hoje é contra a cultura negra, não deixa o povo tomar a frente. É um governo racista do caralho.

Muita gente andou estranhando ver os Racionais dando show em clube de playboy.
É por falta de opção. Onde tem show dos Racionais a polícia fica pegando no pé, pedindo um monte de documento. Mas em certas baladas e boates, eles não entram.

Você foi enquadrado pela polícia recentemente no aeroporto. Como foi?
Ridículo. Só neste ano, acho que fui enquadrado umas dez vezes. Os caras me reconhecem e param. Nesse enquadro do aeroporto o polícia me chamou pelo nome diante de um monte de gente, até repórter tinha.

Como enxerga a emergência da classe C?
Tem um monte de gente comprando e consumindo.O pessoal vai atrás da aparência, compra roupa, telefone. Lógico que é necessário mas o principal está faltando: educação e instrução, e faculdade gratuita. Faltam bons motivos pra estudar. Única coisa que dá pra estudar, que dá resultado, é computador. O ensino está defasado e quem aprende outras coisas fica excluída, sem benefício nenhum.

E a cultura do consumismo?
A gente sempre constestou isso. Somos contra várias marcas. O movimento nosso não tolera envolvimento, alianças e negócios.


Confira a entrevista completa no site da FOLHA  www1.folha.uol.com.br



Fonte
Entrevista -  www1.folha.uol.com.br
Imagem - Pesquisa do Google


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